No dia 7 de maio, celebramos o Dia Mundial da Asma, uma data criada para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce, do tratamento contínuo e do combate aos mitos que ainda cercam essa condição tão comum — e muitas vezes negligenciada.
Em 2025, o tema definido pela GINA (sigla para Global Initiative for Asthma) é claro e urgente:
“Tratamento Inalatório: Acesso para Todos!”
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias respiratórias que pode afetar pessoas de todas as idades.
Ela costuma se manifestar com sintomas como tosse, chiado no peito, falta de ar e sensação de aperto no tórax — e, quando não é tratada corretamente, pode comprometer significativamente a qualidade de vida e até colocar a saúde em risco.
A boa notícia é que existe tratamento eficaz. A má notícia é que muita gente ainda não tem acesso a ele — ou abandona o tratamento por medo e desinformação.
Neste artigo, você vai entender:
- Por que a asma precisa ser levada a sério mesmo fora das crises
- Como funcionam os medicamentos inalatórios
- O que mudou nos últimos anos em relação ao acesso no SUS
- E como vencer os mitos que atrapalham o tratamento
👉 Continue a leitura e descubra como cuidar da sua saúde respiratória com segurança, conhecimento e apoio especializado.
O que é a asma e por que ela precisa de tratamento contínuo?
A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, que pode variar de leve a grave. Mesmo fora das crises, ela continua ativa em muitas pessoas — por isso, não pode ser ignorada, mesmo nos períodos sem sintomas.
Seus sintomas mais comuns incluem:
✔️ Falta de ar
✔️ Tosse frequente, principalmente à noite ou de manhã
✔️ Chiado no peito
✔️ Sensação de aperto no tórax
Em grande parte dos casos, a asma está relacionada a alergias respiratórias, como a sensibilidade à poeira (ácaros), mofo, pelos de animais ou poluição. Porém, também pode aparecer sem um fator alérgico claro.
💡 Importante: a asma não é “coisa de criança”, nem “nervoso”. É uma condição médica real, que deve ser diagnosticada e acompanhada por um profissional especializado.
Por que o tratamento deve ser contínuo?
Diferente de uma gripe ou infecção pontual, a asma não desaparece por completo — mesmo quando os sintomas estão controlados.
A inflamação nos pulmões pode permanecer ativa e silenciosa, aumentando o risco de crises a qualquer momento.
O tratamento contínuo tem dois objetivos principais:
- Evitar as crises e hospitalizações
- Manter a qualidade de vida do paciente, permitindo que ele realize atividades físicas, durma bem e respire com liberdade
Ou seja, não basta tratar a crise quando ela acontece. É preciso prevenir.
O que são os medicamentos inalatórios e por que são a principal forma de tratamento?
Quando falamos em tratamento eficaz da asma, não há dúvidas: os medicamentos inalatórios (popularmente conhecidos como “bombinhas”) são a primeira escolha, recomendada por diretrizes médicas nacionais e internacionais.
Mas afinal, o que eles são?
👉 São medicamentos administrados diretamente nas vias respiratórias, por meio de dispositivos específicos chamados inaladores.
Isso permite que a medicação atue exatamente onde a inflamação acontece — ou seja, nos pulmões — com maior rapidez e menos efeitos colaterais.
Os dois tipos principais de medicamentos inalados são:
- Broncodilatadores
Ajudam a abrir os brônquios, aliviando a falta de ar e o chiado no peito.
São usados para alívio rápido, durante as crises. - Corticoides inalatórios
Agem na inflamação crônica dos pulmões.
São usados diariamente, mesmo sem sintomas, para evitar que as crises aconteçam.
Esses medicamentos podem ser usados em dispositivos como:
- Inaladores spray (os mais conhecidos)
- Inaladores de pó seco
- Nebulizadores
🛑 Importante: o tipo de inalador e a dose devem ser ajustados por um médico, considerando idade, gravidade da asma e a capacidade de usar corretamente o dispositivo.
Por que ainda é tão difícil conseguir acesso a esses medicamentos no Brasil?
Mesmo com avanços no tratamento e com a comprovação científica de que os medicamentos inalatórios salvam vidas, o acesso a eles ainda é um grande desafio para milhares de brasileiros.
Os principais obstáculos são:
1. Custo dos medicamentos
Muitas medicações inalatórias têm preço elevado e não estão ao alcance de todas as famílias.
Pacientes que precisam usar bombinhas diariamente acabam tendo um gasto mensal significativo — o que compromete a continuidade do tratamento.
2. Falta de regularidade no SUS
Embora o SUS ofereça alguns medicamentos como beclometasona e salbutamol gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde, a distribuição ainda é irregular entre estados e municípios.
Além disso, medicações mais completas, como as associações entre corticoide e broncodilatador de longa duração, nem sempre estão disponíveis.
3. Desigualdade de acesso
Pessoas que vivem em áreas remotas ou com pouca infraestrutura de saúde têm mais dificuldade de receber o acompanhamento adequado e acessar as farmácias públicas.
4. Falta de informação e preconceito
O termo “bombinha” ainda carrega preconceito e muitos pacientes deixam de se tratar por medo, vergonha ou por acreditarem que “faz mal”.
Além disso, alguns profissionais de saúde ainda não estão atualizados sobre os protocolos mais eficazes para o manejo da asma.
➡️ O resultado? Pacientes sem controle da doença, vivendo com crises frequentes, faltando ao trabalho ou escola, e, em casos mais graves, recorrendo à emergência ou sendo internados — algo que poderia ser evitado com educação, apoio e acesso ao tratamento certo.
Mitos mais comuns sobre o uso da “bombinha”
O preconceito contra os medicamentos inalatórios é um dos grandes inimigos no controle da asma.
Muitos pacientes abandonam ou evitam o tratamento por causa de informações erradas, medos infundados ou comentários de terceiros — inclusive de profissionais mal informados.
Vamos desmentir os mitos mais comuns?
❌ “A bombinha vicia”
✅ Verdade: não vicia.
O uso contínuo da bombinha é parte fundamental do tratamento da asma. Não causa dependência. A sensação de melhora ao usá-la é um sinal de que o medicamento está funcionando — e não de que está viciando.
❌ “Usar bombinha enfraquece o pulmão”
✅ Verdade: acontece exatamente o contrário.
A bombinha ajuda a reduzir a inflamação e melhorar a função pulmonar, especialmente se usada de forma regular e com acompanhamento médico.
❌ “Só uso quando estiver com falta de ar”
✅ Verdade: em muitos casos, a bombinha deve ser usada todos os dias, mesmo sem sintomas, como forma de prevenir crises.
Usar apenas em emergências pode indicar que o tratamento está inadequado.
❌ “Bombinhas são perigosas e fazem mal ao coração”
✅ Verdade: quando usadas corretamente, são seguras.
Alguns pacientes sentem efeitos leves e temporários, como taquicardia, mas isso não significa que haja risco ao coração. O acompanhamento médico é essencial para ajustar doses e tipo de medicamento.
❌ “Criança que usa bombinha não cresce direito”
✅ Verdade: os corticoides inalados usados corretamente não interferem de forma significativa no crescimento.
O que pode afetar o desenvolvimento infantil é justamente a asma descontrolada e o uso frequente de corticoides orais ou injetáveis.
Esclarecer esses pontos é essencial para que pacientes se sintam mais seguros, aceitem o tratamento e tenham qualidade de vida — sem medo, culpa ou dúvida.
Como conseguir medicamentos para asma pelo SUS ou Farmácia Popular?
Um dos maiores desafios para o controle da asma no Brasil ainda é o acesso aos medicamentos.
Mas o que muita gente não sabe é que o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Programa Farmácia Popular disponibilizam alguns dos principais remédios para o tratamento da asma — de forma gratuita ou com desconto.
Veja abaixo como funciona:
🏥 SUS – Sistema Único de Saúde
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) fornecem gratuitamente:
- Salbutamol (spray): broncodilatador de curta duração, usado para alívio imediato das crises.
- Beclometasona (spray): corticoide inalatório, usado para controle contínuo da doença.
➡️ Esses medicamentos estão disponíveis na maioria das UBS, mediante prescrição médica.
Além disso, algumas Secretarias Estaduais de Saúde disponibilizam:
- Budesonida (inalador de pó seco)
- Formoterol (inalador de pó seco)
Esses são indicados para casos moderados a graves e costumam estar disponíveis nas farmácias de medicamentos especiais, mediante cadastro e laudo médico.
💊 Programa Farmácia Popular
Criado para ampliar o acesso da população a medicamentos essenciais, o Programa Farmácia Popular permite que você retire de forma gratuita, em farmácias credenciadas, os seguintes medicamentos:
- Salbutamol
- Beclometasona
Basta apresentar:
- Receita médica dentro do prazo de validade
- Documento com foto
- CPF
💡 No site do Ministério da Saúde ou no balcão da farmácia, é possível verificar os estabelecimentos participantes.
Dica da Clínica Tebyriçá:
Se você tem asma, converse com seu médico sobre as possibilidades de acesso aos medicamentos pelo SUS ou Farmácia Popular.
Um laudo bem preenchido e uma boa orientação podem fazer toda a diferença para conseguir o tratamento necessário — sem custo.
Conclusão: viver bem com asma é possível — com o tratamento certo!
A asma é uma doença crônica, mas com o acompanhamento adequado e o uso correto dos medicamentos, é totalmente possível viver com qualidade, liberdade e sem limitações.
Neste Dia Mundial da Asma, reforçamos uma mensagem simples, mas poderosa:
🎯 O tratamento inalatório salva vidas e precisa estar ao alcance de todos!
Se você ou alguém da sua família convive com a asma, lembre-se:
- Não ignore os sintomas
- Não acredite em mitos
- E não enfrente isso sozinho(a)
💙 Na Clínica Tebyriçá, nossos alergistas são especializados no diagnóstico e tratamento da asma e de outras doenças respiratórias.
Estamos aqui para te ajudar com informação segura, atendimento acolhedor e um plano de tratamento personalizado.
